Cajazeiras bairro com ares de cidade grande

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


Com uma área de 20 milhões de metros quadrados, localizada na parte oeste do miolo de Salvador, as margens da BR 324, rodeada até os dias atuais com fragmentos de Mata Atlântica, Cajazeiras é o maior bairro da América Latina. Se fosse uma cidade, seria a segunda maior do Estado da Bahia, ficando atrás apenas de Feira de Santana. Projeto do governo de Roberto Santos nos meados dos anos 70, que desapropriou, através de decreto, três grandes fazendas - Fazenda Cajazeiras, Fazenda Grande e Fazenda Boa União - só veio a ser inaugurado por João Durval no início da década de 80.
O conjunto, formado por Cajazeiras 2,3,4,5,6,7,8,10 e 11, Fazenda Grande 1,2,3 e 4, Boca da Mata e Águas Claras, possui um comércio ativo, distribuído entre uma variedade de pequenos negócios, duas grandes redes de supermercados além da já tradicional feirinha, que acontece aos sábados e já virou ponto de referência do local. Recentemente, foi instalado um centro de distribuição dos Correios, além de três agências bancárias. A segurança fica por conta da 13º Delegacia da policia Civil e a 3º Companhia Independente da Policia Militar.
Como muitos bairros de Salvador, Cajazeiras, mesmo sendo um conjunto inicialmente projetado, sofreu um processo de crescimento desordenado. O surgimento de favelas tem crescido ao longo dos anos, fazendo com que, além do inchaço habitacional do local, que a princípio deveria abrigar 100 mil habitantes, mas atualmente já ultrapassa 700 mil moradores, apresente carências em termos de infra-estrutura, educação, saúde, segurança e  transporte - de longe, o campeão das queixas dos moradores-.
Palco das antigas micaretas (onde os candidatos faziam seus “showmícios” justamente visando o alto numero do eleitorado) muitos políticos que não apresentavam propostas consistentes para trazer alguma melhoria para o local conseguiram se eleger com o apoio local. Porém, a história se repete como em todo lugar, o candidato depois de eleito esquece as promessas feitas e só volta após quatro anos em busca mais votos.
 É muito comum ver pelas ruas as pessoas reclamando das condições gerais do lugar, mas, parece-me que, além de sofrerem de aminésia, falta um pouco mais de consciência política, pois, levando em consideração o alto número da população é indispensável escolher um representante local, que conheça de perto as dificuldades atuais pois,  os problemas tem se agravado com o passar do tempo.
Os engarrafamentos confirmam o ar de cidade que o bairro tem, nota-se em vários pontos, principalmente nas saídas principais, lentidão, tornando insuportável o horário do rush o que mostra ser indispensável a construção de novas vias. Outro problema comum é a falta de professores nas redes públicas, que apontam  a dificuldade na locomoção até as escolas do local como um dos principais motivos.

A população precisa melhor se posicionar, aprender os meios legais para reivindicar seus direitos e solução para problemas locais. Apesar de muitos acreditarem que a emancipação seria a melhor solução para Cajazeiras, sem conscientização política nada irá resolver. A busca por um representante político e a mobilização social dos moradores será o que dará suporte ao crescimento até então desordenado.  

Candidatos descumprem mandado e seguem poluindo a cidade

sexta-feira, 1 de outubro de 2010




Mesmo com a liminar  que  visa a proibição de fixação de placas e cavaletes ao longo das avenidas de Salvador, os candidatos seguem descumprindo a lei e poluindo a cidade, a exemplo da Avenida Luís Viana Filho – Paralela, que encontra-se totalmente tomada por propagandas políticas.
Segundo a Juíza da 11ª Zona Eleitoral, Maria Virginia A. de Freitas Cruz, - responsável pelo Oficio Circular nº 141/11ª ZE/2010, é vedada a afixação de placas nos postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos. As placas só são permitidas tendo no máximo 4m2 , já os cavaletes, só podem permanecer nas avenidas das 6 às 22h, após esse horário as placas deveriam ser recolhidas e repostas no dia seguinte, caso as placas permaneçam, serão recolhidas  pelos funcionários do TRE.
Maria Virginia informa que já foram apreendidas pelo TRE cerca de 2 mil placas em situação irregular. Porém, o que continuamos vendo é a falta de respeito que os postulantes têm para com a população, ao descumprir o mandado.
“Nós recolhemos as placas ao longo das avenidas durante a madrugada, os depósitos do TRE não tem mais espaço por conta de tantas placas retiradas, porém, no dia seguinte, encontramos a mesma situação – as placas afixadas nos mesmos locais.” afirma Dejair Lima funcionário do TRE.
É importante salientar que todos os candidatos têm conhecimento prévio dessas determinações, e o descumprimento de tais implica além das apreensões do material que é encaminhado ao Ministério Público, multa de 5 a 25 mil reais, podendo perder o mandato caso seja eleito.
Cabe a população, analisar bem os candidatos em que vão eleger, pois se uma simples medida como essa não são capazes de cumprir, imaginem que código que ética eles seguem, e qual a postura que podemos esperar deles em situações que a cada dia vemos repetir- casos de corrupções e falta de decoro parlamentar.


A Batalha das Maquininhas...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


A edição da Revista Veja, do dia 18 agosto, traz uma reportagem intitulada, "A batalha feroz das maquininhas". Num texto de fácil entendimento, Renata Betti esclarece ao leitor como são feitas as operações  de pagamento através  das máquinas e como funcionava o duopólio das operadoras Cielo e Redecard - dominantes  do mercado nacional. As empresas tinham exclusividade na transmissão de pagamento das  bandeiras  mais utilizadas no país, Visa  e Mastercard respectivamente. Apesar de o assunto ser pouco comentado nas principais mídias de comunicação, a medida que a princípio parece beneficiar os empresários, futuramente refletirá no bolso do consumidor. O empresário terá menos custos em alugar apenas uma máquina, juntamente com o aumento da competitividade entre as cinco credenciadoras no país (GetNet, Cielo, Hipercard, America Express e Redecard). Gerando uma queda de até 25% nos custos, que poderá ser revertido ao consumidor em forma de produtos e serviços mais baratos.   De acordo com a revista, o Banco Central informou que 62% das compras feitas com cartões de crédito ou débito geram 535 bilhões de reais, antes concentrados entre as duas maiores operadoras que tornavam as negociações inflexíveis. Agora, com o aumento da competitividade, a medida traz benefícios para ambos os lados, numa população em que mais de dois terços possuem algum de cartão de crédito, cabe aos empresários tornar as compras mais atrativas, gerando promoções e facilidade de pagamentos.

550 km,550 km Para um pouquinho... descansa um pouquinho???

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ano eleitoral e a novela se repete... A cidade vira um verdadeiro canteiro de obras. E, mais uma vez, o metrô volta a cena. O capítulo agora é a entrega dos trens. Após um ano e nove meses parados nos pátios da Estação Aduaneira do Interior (Eadi/Salvador), no CIA, os trenzinhos vão descansar sobre os trilhos do metrô, em local de fácil visualização pela população (ou eu deveria simplesmente dizer o Eleitorado?). Essa semana, fazendo o meu corriqueiro uso do caótico sistema de transporte de Salvador ( famoso Buzão), vi a alegria de uma menininha aparentando ter uns quatro anos que dizia: Mãe! mãe! eu tô vendo o eletrô, tô vendo o eletrô! (como é chamado o metrô em meninês  rsrs) Daí, surgiu uma reflexão! Essa pequena demonstração de ingenuaidade é linda para a idade dela. porém, é triste porque grande parte da população se deixa enganar da mesma forma por esse tipo de proganda eleitoral, que nada tem de gratuita, que é feita na base do oportunismo e com o dinheiro de nossos impostos. Além de não sair o metrô, ainda de complemento temos as obras da rótula do abacaxi,  do bonocô e a operação tapa buracos, que só acontecem na " hora do rush" dando continuidade as propagandas políticas e gerando caos total. Agora, é só esperar os trenzinhos enferrujados começarem a funcionar no trajetinho de 6km (um mimo, pequeno souvenir) que custaram miseros R$ 1 bilhão.  Outro dia vi um comentário aqui na net que vem sustentar o esteriótipo dos baianos e que dizia: E aí painho esse metrô sai ou não sai? e o outro responde: saí agora não meu rei... tô com uma preguiça arretada!!!
É  isso ai galera é a  "Bahia Terra de Todos nós" e a "Salvador de um novo tempo"!!! 

O Problema está entre a Cadeira e o teclado!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

No Texto, A revolução sem maquinetas postado no Observatório da Imprensa ,do último dia 03 de agosto, Alberto Dines aponta uma solução didática para a precariedade das informações nos meios digitais, que tem expandido seu modelo simplificado para os jornais impressos. Dines acredita que a aposta em uma formação de qualidade da nova geração de leitores é o caminho a ser seguido, e ai entra o papel do jornalismo feito com seriedade, já que o poder público parece não se interessar por investimentos educacionais. Segundo o autor, o motivo para tal desinteresse dos governates, seria a demora em apresentar resultados. Mas, nós sabemos bem  que esta não é a única razão. Em contrapartida algumas poucas empresas de comunicação vem mostrando interesse e tem se dedicado a formação de leitores críticos e comprometidos. Dines é muito feliz em suas análises, e o próprio Observatório da Imprensa vem provar, o que pessoas assim como eu acreditam, que nem todo conteúdo da internet precisa ser descartado. O problema não está simplesmente nos posts, e sim o tipo de leitor internauta e o que ele procura na World Wide Web.